DEPENDENCIA EMOCIONAL

 A dependência emocional começa quando uma criança não é amada adequadamente pelas pessoas que mais significam para ela, como pais, irmãos ou outras pessoas próximas. Essa falta de amor gera baixa autoestima, problema que tende a crescer na adolescência. Já adulto, o dependente emocional recria situações em que desempenha um papel submisso, procurando sempre agradar aos outros para manter o vínculo relacional a todo custo e, assim, evitar a terrível perspectiva da rejeição.

A falta de autoestima desde a infância é a principal causa da dependência emocional. É o resultado de uma chantagem emocional que ensina à criança que ela só será amada depois de atender às expectativas dos pais ou de outras pessoas significativas. Qualquer esforço para se afirmar ou mostrar a sua individualidade será reprovado ou punido. Suas asas são cortadas e ela aprende rapidamente a não criar conflitos ou a não incomodar os pais se quiser obter o carinho de que precisa.

Manipulação e sentimentos de culpa

Provocar a culpa( religião,através de pastores,líderes religiosos,pai/mãe de santo,praticam isso amplamente e são eficientes)é uma forma de manipular a criança para que ela tenha a atitude “certa”. As mães são frequentemente ouvidas queixando-se da forma como os seus filhos ou maridos as desapontam ou irritam; Muitas vezes podemos ouvir pais autoritários dizendo em tom desproporcional: “Fique quieto e faça o que eu digo” ou “Nesta casa você faz o que eu mando”.

Falhas na construção da autoestima

A autoestima da criança e a sua capacidade de estar sozinha são construídas através do reflexo, ou espelho, da confiança que os pais depositam nela. Uma criança pode ter fracassos durante esta fase porque os seus pais lhe transmitem mensagens contraditórias sobre as suas capacidades; ele não consegue interiorizar essas qualidades e precisa de um adulto ao seu lado para se sentir seguro.

Episódios de paixão, indiferença, abuso e manipulação são manifestações de padrões psicológicos desordenados ou mesmo patológicos.

Como humanos, tendemos a procurar e reproduzir o que nos é familiar, o que vimos desde a mais tenra infância. São padrões de comportamento aprendidos na infância que deixam uma marca profunda em cada ser humano.

Portanto, é um grande erro confundir amor com dependência e relacionamentos tóxicos. Isto pode acontecer, particularmente, quando a auto-estima de uma pessoa está baixa e ela procura a aceitação e o amor dos outros, mesmo que isso signifique comprometer a sua própria dignidade.

Os emocionalmente dependentes aceitam o desprezo e o abuso como algo normal; eles tendem a se sentir atraídos por pessoas que parecem muito seguras de si mesmas e que têm uma personalidade dominante. Infelizmente, os dependentes emocionais não conhecem o amor genuíno entre duas pessoas que se respeitam e trocam carinho; têm dificuldade em assumir as rédeas da própria vida e esperam um dia ser “encontrados” por aquela pessoa especial que os fará felizes e acabará com sua solidão e angústia existencial.

Alguns comportamentos são indicadores claros de relacionamentos pouco saudáveis ​​e podem gradualmente transformar-se numa dependência perigosa, como a posse, a manipulação, a falta de respeito, o ciúme, a insegurança e o abuso. Estes são sintomas do medo de não sermos amados e aceitos como somos. É por isso que as pessoas caem em situações de dominação e submissão – tentam garantir uma aparente estabilidade com um falso carinho e atenção que pode se transformar em uma dependência, uma “droga”.

O segredo é construir um relacionamento de casal desenvolvendo o melhor de nós mesmos e escolhendo pessoas que sejam compatíveis, e que também busquem extrair o melhor de si no respeito, na estima sincera, na atenção, na compreensão, na aceitação e no carinho verdadeiro.


O ambiente certo é aquele que favorece o amor à doação, a abertura e o respeito pela outra pessoa.


Saber amar e estimar-se é uma base saudável para poder amar e estimar o outro e para iniciar a busca por um parceiro saudável e amoroso.


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