DOENÇA INVISÍVEL: VOCÊ NÃO PARECE DOENTE !



 Muitos pacientes vivem com a dúvida se é pior  viver com uma doença crônica ou viver explicando uma doença crônica invisível. Muitos se sentem ofendidos por escutar “você não parece doente! ”.  Ao contrário do que pode parecer isso não é um elogio e não ameniza a doença, pois a mesma se vê na difícil tarefa de ter que explicar em detalhes do que você tem quando precisa faltar nas aulas ou no trabalho. 

Mas o que muitos acreditam ser a  pior parte desta pergunta, é o  sentimento de isolamento. Um sentimento que aflora quando a pessoa começa a pensar que  não vale a pena dizer aos outros o que está sentindo.  O paciente começa a desenvolver ansiedade por medo de ter novas crises. Todos aconselham para que a pessoa doente seja forte, para cuidar melhor de si mesma assumindo que a pessoa deveria lidar com isso a doença melhor, mas desconhecem a batalha diária de quem tem um transtorno mental.

Para todo mundo que já se sentiu ou se sente deste jeito, é preciso ter a consciência e a resiliência de aceitar a doença — e que talvez você nunca se acostume com isso — mais cedo você vai começar a cuidar de si mesmo. Não há nada de errado em permitir-se sentir a dor de vez em quando. Não há nada de errado em ir atrás de terapia ou permitir que isso que você sente seja real. Remover o sentimento de culpa por se sentir tão para baixo quando sabe-se que existem pessoas muito mais doentes do que você e que provavelmente lidam muito melhor também, é realmente difícil.

Por falta de atenção e cuidado com relação à rotina e a mudança no jeito de encarar e levar a vida, é comum a negligência de cuidados com a saúde psíquica e emocional de alguém que, por estar próximo, passa desapercebidamente. Assim, quando a tristeza deixa de ser um sentimento momentâneo e se mantém persistente transformando-se em sentimento de apatia, indiferença, desesperança, falta de prazer pela vida, pode estar desencadeando sintomas de depressão. Esta é uma situação que deve ser encarada seriamente em todas as faixas etárias, cujas manifestações devem ser investigadas e os sintomas, tratados. É muito frequente ouvirmos argumentos que descaracterizam a pessoa como possível portadora deste transtorno, afinal “ela não tem motivos para entrar em depressão!” “tem tudo que quer!” .

Frente a essa realidade, quais seriam os motivos geradores da depressão, esse mal que afeta boa parte da população? Você consegue explicar de onde vem, como surgiu o transtorno mental,emocional que você tem hoje?

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